quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

☼ Ofra Haza ☼



No universo musical, ela foi a mais popular cantora do Oriente Médio, cujo a popularidade atravessou fronteiras que alçou a merecida fama, esta foi a belíssima cantora de olhar profundo e misterioso como o oceâno, a talentosa cantora Ofra Haza.
Ofra Haza ( Tel Aviv, 19 de Novembro de 1957 — Tel Aviv, 23 de Fevereiro de 2000) foi uma cantora israelita de raízes iemenitas que alcançou grande popularidade no Médio Oriente e internacionalmente.
Ofra nasceu no seio de uma família de judeus do Iémen que emigraram para Israel fugidos da perseguição movida naquele país.

A mais nova de nove irmãos, cresceu em Tel Aviv, no bairro desfavorecido de Hatikvah, onde viviam judeus que tinham deixado o Iraque e o Iémen.
Aos 12 anos integrou um grupo de teatro local que tinha como objetivo a integração social da juventude do bairro, onde Ofra cantava e representava.
O grupo fez grande sucesso em Israel, apresentando espetáculos em várias cidades do país.
Tinha como diretor Bezalel Aloni, que se tornaria mais tarde manager de Ofra.
Em 1974 Ofra foi vencedora do concurso nacional de canção oriental.
Lançou a sua carreira musical a solo em 1978 com a gravação do seu primeiro disco, depois de ter prestado o serviço militar obrigatório.
Em 1983 participou no Festival Eurovisão da Canção, onde alcançou o segundo lugar com o tema "Chai" (Vivo), uma canção escrita pelo poeta israelita Ehud Manor.
Por volta de 1985, Ofra começou a optar por uma linha musical menos pop e mais étnica, concretizada com o lançamento do álbum Shirey Teyman, baseado em instrumentos tradicionais e poemas do século XVI do rabino Shalom Shabazi.
Este disco incluía canções interpretadas em hebraico, árabe e aramaico e seria reeditado alguns anos depois com os títulos de Yemenite Songs e Fifty Gates of Wisdom.
Ofra pretendia com ele homenagear os seus pais e a cultura tradicional do Iémen.
Com o objectivo de melhor se concentrar numa carreira internacional fixa-se em Los Angeles, mas não deixa de visitar regularmente o seu país natal.
Em 1987 sobrevive a um acidente de aviação na fronteira israelo-jordana.
Em 1988 uma versão da canção "Im Nin' Alu", que misturava sonoridades do Médio Oriente com sintetizadores e que continha partes da letra em inglês, alcançou grande sucesso internacional.
A canção foi número 1 durante nove semanas na Alemanha. O disco Shaday consagrou-a como um sucesso no Canadá, Estados Unidos, Japão e um pouco por todo o mundo.
A sua voz foi também usada como sample num sucesso internacional da música techno, "Pump Up the Volume", do grupo M.A.R.R.S. e da música "Paid In Full", interpretada por Eric B. & Rakim.
O seu disco seguinte, Desert Wind (1989), praticamente interpretado todo em inglês, apresentava uma linha marcadamente pop.
Em 1992, Ofra recebeu uma nomeação para os Grammy pelo disco Kyria.
Em 1994, Yitzhak Rabin convidou-a para atuar na cerimónia de atribuição do Prémio Nobel da Paz que teve como galardoados, para além de Rabin, Shimon Peres e Yasser Arafat.
Em 1998 casou com Doron Ashkenazi, mas o casal não teve filhos.
No mesmo ano foi lançado o filme O Príncipe do Egito, dos estúdios DreamWorks, no qual Ofra emprestou a sua voz à personagem de Yocheved, a mãe de Moisés, tanto na versão original (inglês) como na portuguesa (Portugal).
Desempenhou também um papel no filme israelita Tzedek muchlat, um policial baseado em alegações de que crianças de judeus do Iémen foram raptadas na década de cinquenta para serem filhos adotivos de sobreviventes do Holocausto.
Colaborou ao longo dos anos com artistas tão diversos como Iggy Pop, Sisters of Mercy, Lou Reed, Paula Abdul ou Duncan Dhu.
Faleceu em 2000 no hospital Sheba de Tel Ashomer, vítima de complicações associadas ao vírus da sida (AIDS), segundo relatos da comunicação social israelita.
O seu marido faleceu no ano seguinte devido a uma overdose, tendo procedido antes de falecer a diligências legais que impedem conhecer o motivo da morte de Ofra.
Obrigado por tua visita, entre e participe deste cantinho musical, um abraço e até mais...

*Discografia
1978 Shir Hashirim Besha'ashu'im
1980
Al Ahavot Shelanu
1981
Bo Nedaber
1982 Pituyim
1982
LiYladim
1983 Chai
1983 Shirey Moledet
1984 Bait Ham
1985
Shirey Teyman (Yemenite Songs/Fifty Gates of Wisdom)
1985 Adama
1986 Shirey Moledet 2
1986 Yamim Nishbarim
1987
Shirey Moledet 3
1988
Shaday
1989
Desert Wind
1992
Kirya
1994 Kol Haneshama
1995
Queen in Exile
1997
Ofra Haza 1997
1998
Live at Montreux
2001
Ofra Haza Greatest Hits
2004
Ofra Haza Greatest Hits Vol. 2


*Jerusalem of Gold (tradução)

O ar da montanha é límpido como o vinho

E o perfume dos pinheiros é carregado na brisa do lusco-fusco
Entre os sons dos sinos.
E no contraste de árvore e pedra
Capturado nos seus sonhos
A cidade assenta-se solitária
E no seu meio está o muro.

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz

Entre tudo isso sou um violino para todas as suas canções.
Como as cisternas secaram
O mercado está vazio
E ninguém mais freqüenta o Monte do Templo
Na cidade antiga.
E nas grutas na montanha
Os ventos estão contidos
E ninguém mais desce para o Mar Morto
Pelos caminhos de Jericó

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz

Entre tudo isso eu sou um violino para todas as suas canções.
Mas assim como eu venho cantar hoje para ti,
E adornar coroas para ti (contar suas preces)
Eu sou o menor das mais jovens de suas criancinhas (ou seja, sou o menos honrado a faze-lo)
E o último dos poetas nascidos
Pelo seu nome cerram-se os lábios
Como o beijo de um Serafim
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
O qual é todo ouro....

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz

Entre tudo isso eu sou um violino para todas as suas canções.
Nós voltamos para as cisternas
Ao mercado e ao local do mercado
Um shofar pode ser ouvido a chamar para o Monte do Templo
Na velha cidade
E nas suas grutas na montanha
Milhares de sois brilham
Nós desceremos mais uma vez ao Mar Morto
Pelo caminho de Jericó.

Refrão: Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz


Ofra Haza - Yerushalayim Shel Zahav




Ofra Haza - Love Song





Ofra Haza - Sixth Sense





Ofra Haza - Kashmir




Ofra Haza feat. Iggy Pop - Daw Da Hiya




Ofra Haza - Mata Hari


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

♫ Os Mutantes ♪


Os Mutantes é uma das melhores banda de rock de todos os tempos, formada no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Também participaram do grupo Liminha (baixista) e Dinho Leme (bateria).
A banda é considerada um dos principais grupos do rock brasileiro. Além do inovador uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos, os Mutantes foram os pioneiros na mescla do rock and roll com elementos musicais e temáticos brasileiros. Outra característica do grupo era a irrevêrencia. Se antes dos Mutantes, o gênero no Brasil era basicamente imitativo, a partir do pioneirismo de Arnaldo, Sérgio e Rita, abriu-se o caminho do hibridismo.

Os Mutantes iniciou suas atividades em 1966, como um trio, quando se apresentaram em um programa da TV Record, até terminar em 1978 com apenas Sérgio Dias como integrante original. Ao longo destes doze anos, foram gravados nove álbuns - sendo que dois deles, O A e o Z e Tecnicolor, foram lançados apenas na década de 1990. Foi nessa década que foi reconhecida no cenário do rock nacional e internacional a importância dos Mutantes como um dos grupos mais criativos, dinâmicos, radicais e talentosos da era psicodélica e da história da música brasileira e mundial.
*Origens

Em 1964, os irmãos Arnaldo Baptista e Cláudio César Dias Baptista, juntamente com Raphael Vilardi e Roberto Loyola, fundaram o grupo The Wooden Faces. Um ano depois, conheceram e convidaram Rita Lee - então no Teenage Singers - a integrar a banda.
Ainda entraria no grupo Sérgio, o caçula na família Baptista. A nova banda passou a se chamar Six Sided Rockers, depois O Conjunto e O´Seis.
Em 1966, eles gravaram compacto simples pela Continental com as composições "Suicida" (de Raphael e Roberto) e "Apocalipse" (de Raphael e Rita), que vendeu menos de 200 cópias. Ainda naquele ano, Cláudio César, Raphael e Roberto deixariam o grupo. Arnaldo, Rita e Sérgio mantiveram o grupo, que foi rebatizado com o nome definitivo de Os Mutantes - por sugestão de Ronnie Von, que, naquela ocasião, lia "O Império dos Mutantes", (ficção científica de Stefan Wul). Von, uma das estrelas da Jovem Guarda, comandava então o programa dominical "O Pequeno Mundo de Ronnie Von", transmitido pela TV Record, e não havia gostado do nome anterior. Em 15 de outubro de 1966, Os Mutantes estrearam no programa. Impressionaram tanto que o grupo foi convidado a fazer parte do elenco fixo do programa. Eles também participaram das gravações do LP "Ronnie Von - nº 3".
*No início de 1967, mudanças na direção artística do programa reduziram paulatinamente as apresentações dos Mutantes. Por discordar das novas diretrizes, eles deixaram a Record, já que também havia a possibilidade de realizar apresentações em outras emissoras. À convite do maestro Chiquinho de Moraes, da Rede Bandeirantes, Os Mutantes exibiram-se no programa "Quadrado e Redondo", apresentado por Sérgio Galvão.
Nessa época, conheceram outro maestro, Rogério Duprat, que teria papel decisivo na história do trio.
Apadrinhados por Duprat, Os Mutantes começaram a participar dos grandes festivais de música popular brasileira, que viviam sua fase áurea. O maestro sugeriu a Gilberto Gil que convocasse o grupo como banda de apoio para gravar "Bom Dia", que seria cantada por Nana Caymmi e inscrita no "III Festival da Música Popular Brasileira", da TV Record. Outra gravação de Gil classificada para o Festival era "Domingo no Parque". Apesar de nenhum de seus integrantes ler cifras e partituras musicais e conhecer a complexidade harmônica dos arranjos elaborados por Gil e Duprat, Os Mutantes se saíra muito bem nos ensaios e acabaram participando da gravação de ambas. "Domingo no Parque" ganhou o 2º lugar e aproximou os Mutantes do movimento tropicalista.
Em 1968, o trio assinou um contrato com a Polydor, graças a uma indicação do produtor Manoel Barenbein. Assim, foi lançando Os Mutantes, primeiro disco da banda. Com arranjos de Duprat e participação especial de Jorge Ben, o LP foi bastante inovador e experimental, além de muito influenciado pelo trabalho dos Beatles. Algumas das faixas que se destacaram são "Senhor F…" (que contou com participação da mãe dos irmãos Baptista, que tocou piano), "Panis et Circenses" (canção composta por Caetano Veloso e Gilberto Gil especialmente para os Mutantes) e "Trem Fantasma" (parceria entre os Mutantes e Caetano Veloso, que foi composta na casa do produtor Guilherme Araújo).
Também naquele ano, a banda participou ao lado de vários artistas de "Tropicália: ou Panis et Circencis", disco-manifesto do movimento tropicalista, gravando a faixa-título do LP. Ainda naquele ano, o grupo participou em duas seqüências - filmadas na boate Ponto de Encontro - de "As Amorosas", filme do diretor brasileiro Walter Hugo Khouri, estrelado por Paulo José, Lilian Lemmertz e Anecy Rocha. Em setembro, ainda participaram do "III Festival Internacional da Canção", da TV Globo, defendendo "Caminhante Noturno" (de Arnaldo, Sérgio e Rita), que acabou classificada em sétimo lugar. Mas o episódio mais emblemático daquele festival foi a aprensentação de Caetano acompanhado dos Mutantes como banda de apoio. Na final paulista do FIC, realizada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, eles executaram "É Proibido Proibir".
A música de Caetano foi recebida sob intensas vaias pelo platéia que lotava o auditório. Mal os Mutantes começaram a tocar a introdução da música, espectadores enfurecidos atirava ovos, tomates e pedaços de madeira contra o palco e deram as costas para a apresentação. Imediatamente, os Mutantes responderam, sem parar de tocar: viraram as costas para a platéia. Revoltado com a recepção, Caetano fez um longo e inflamado discurso que quase não se podia ouvir, por causa do barulho dentro do auditório.
No final daquele ano, os Mutantes estiveram no "IV Festival da Música Popular Brasileira", defendendo "Dom Quixote" e "2001" (esta última parceria de Rita Lee com Tom Zé).
*No ano seguinte, os Mutantes excursionaram pela França, onde tocaram no célebre "Mercado Internacional de Discos e Editores Musicais" (Midem), na cidade de Cannes, e no tradicional "Olympia", em Paris. Em fevereiro, foi lançado Mutantes, segundo disco da banda - e já com a participação do baterista Dinho Leme e do baixista Liminha. Um dos destaques do LP, a faixa "Caminhante Noturno" teve erradamente a omissão do nome de Sérgio Dias como co-autor.
Ainda em 1969, os Mutantes realizaram o seu último show com Caetano e Gil.
Foi durante a conturbada temporada na carioca boate Sucata, no qual ocorreu o famoso incidente da bandeira nacional, que, supostamente, fora desrespeitada, no entender dos militares que governavam o Brasil naquela época. Durante o espetáculo, foi pendurada no cenário do show uma bandeira, obra do artista plástico Hélio Oiticica, com a inscrição "Seja Marginal, Seja Herói", com a imagem de um traficante famoso naquela época, o Cara-de-Cavalo, que havia sido assassinado violentamente pela polícia.
Os militares alegaram ainda que Caetano teria cantado o Hino Nacional inserindo versos ofensivos às Forças Armadas. Isto tudo serviria de pretexto político para que os militares suspendessem o show, prendessem Caetano e Gil e, posteriormente, soltos e exiliados no Reino Unido. O episódio é considerado como o fim do movimento vanguardista.
Ainda naquela ano, estreou o espetáculo Planeta dos Mutantes, misturando música, cenas bizarras e psicodelia. No final daquele ano, o grupo defendeu a canção "Ando Meio Desligado" "IV Festival Internacional da Canção".

*Em março de 1970, foi lançado A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, considerado um marco na carreira do grupo, que tenta se distanciar do tropicalismo e abraçar de vez o rock. O maior destaque do LP foi a canção-título "Ando Meio Desligado" (de Arnaldo, Sérgio e Rita). Outro destaque fica por conta da regravação de "Chão de Estrelas" (de Silvio Caldas e Orestes Barbosa), que foi muito criticada pelos críticos e puristas daquela época. No final daquele ano e com o baixista Liminha na integrando ao trio Arnaldo-Sérgio-Rita, os Mutantes retornam à França para realizar algumas apresentações. À convite do produtor Carl Holmes, aproveitaram para gravar algumas canções no estúdio Des Dames, com a intenção era lançar um álbum principalmente em inglês para atrair público internacional. Mas a Polydor desistiria do projeto mesmo com um álbum inteiro já gravado. Somente em 1999, o disco seria lançado, chamado Tecnicolor .
No início de 1971, a banda foi contratada pela Rede Globo para serem uma das atrações fixas do programa "Som Livre Exportação". Inicialmente, o grupo gostou, mas depois se desinteressou pelo projeto. Ainda naquele ano, foi lançado Jardim Elétrico, álbum no qual foram utilizados alguns instrumentos fabricados por Cláudio Baptista, irmão mais velho de Arnaldo e Sérgio. Quatro faixas gravadas em Paris foram apreveitadas para o disco. Em 30 de dezembro de 1971, Rita e Arnaldo se casaram. Ela disse anos depois que o casamento foi apenas para ganhar independência dos pais e que os irmãos disputaram no palitinho quem assinaria a certidão. Na volta da lua-de-mel, o casal rasgaria a certidão de casamento no programa de TV da apresentadora Hebe Camargo.
*A saída de Rita Lee
Em março de 1972, foi lançado Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets. O título do disco é uma homenagem a Tim Maia, que era amigo dos Mutantes, e que chamava "baurets" os cigarros de maconha que costumava fumar. O LP mostrou a transição da banda em direção ao rock progressivo, com influências dos grupos Emerson, Lake & Palmer e Yes. A faixa "Cabeludo Patriota" sofreu com a censura e teve de mudar de nome e foram sobrepostos ruídos para esconder a frase "o meu cabelo é verde e amarelo". "Balada do Louco" (Arnaldo e Rita) foi o grande sucesso do álbum e um dos maiores da carreira do grupo.
Outras canções foram bem executadas na mídia, como "Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde que Eu Tenha o Rock and Roll" (de Arnaldo, Rita e Liminha), "Vida de Cachorro" (de Arnaldo, Sérgio e Rita), "Cantor de Mambo" (de Élcio Decário, Arnaldo e Rita), "Todo Mundo Pastou" (de Ismar S. Andrade "Bororó"), "Rua Augusta" (Hervé Cordovil).
Foi também o último LP com a participação de Rita Lee. Alegou-se na época que sua saída ocorreu devido a diferenças musicais com os irmãos Baptista, mas na realidade esteve mais relacionada com ao fim do seu casamento com Arnaldo, em uma época em que os integrantes do grupo viviam em uma comunidade alternativa na Serra da Cantareira, na zona norte da cidade de São Paulo, onde drogas e trocas de parceiros sexuais eram uma constante. Isso acabou por abalar o relacionamento de Arnaldo e Rita.
Ainda em 1972, foi descoberto que havia sido instalado em São Paulo o primeiro estúdio de 16 canais do país. Os Mutantes tentaram convencer a Polydor a lançar mais um álbum da banda naquele ano, mas a gravadora, interessada em lançar a carreira solo de Rita Lee, determinou que apenas ela assinasse o disco, alegando que não ficaria bem para a banda lançar dois LPs em um mesmo ano. Por isso. o LP Hoje É o Primeiro Dia Do Resto Da Sua Vida ficou creditado apenas a Rita Lee, embora os Mutantes como um todo tenham participado ativamente do álbum tanto na composição quanto na gravação.
*Já sem Rita Lee, em 1973 os Mutantes estrearam o espetáculo, "2000 Watts de Som" e gravaram O A e o Z, LP que marcou de vez a adesão do grupo ao rock progressivo. Todas as suas faixas foram compostas e executadas sob o efeito de ácido lisérgico (LSD), o que desagradou a Polydor, que não aprovou o trabalho, o considerou sem valor comercial e decidiu não lançá-lo. Além de não comercializar o disco, a gravadora decidiu demitir a banda. O álbum seria lançado somente em 1992, pela PolyGram.
Os Mutantes continuam ativos, porém Arnaldo, debilitado pelo uso contínuo de drogas (em especial o LSD) e em depressão com o final de seu casamento, apresenta comportamentos patológicos, colecionando sacos cheios de lixo, a se comunicar numa espécie de idioma inventado por ele e a fazer planos de construir uma nave espacial. Arnaldo deixa a banda, seguido pelo baterista Dinho. Em 1974, depois de uma briga com os demais integrantes, o baixista Liminha é o próximo a abandonar o grupo.
*Sérgio Dias decidiu manter a banda, mas teve de reformular toda a sua estrutura. No lugar de Arnaldo, Dinho e Liminnha entraram respectivamente Tulio Mourão, Rui Motta e Antônio Pedro Medeiros. A nova formação conseguiu um contrato com a Som Livre em 1974, que lançou Tudo Foi Feito Pelo Sol no ano seguinte.
Mesmo após o lançamento do LP, as discussões não cessaram. Em 1976, Sérgio demitiu Túlio e Antônio, substituídos por Luciano Alves e Paul de Castro. Arnaldo recusou todos os pedidos do irmão Sérgio para que voltassem a tocar juntos. Em 1977, a gravadora lançou Mutantes Ao Vivo, gravado no MAM do Rio de Janeiro. O álbum não agradou os fãs e a crítica.
Em 1978, Arnaldo se reuniu com a banda como convidado especial em uma única apresentação, mas não aceitou o convite de Sérgio para voltar aos Mutantes'. Com mais alguns desentendimentos, Sérgio decidiu terminar com o grupo. O fim não poderia ser mais melancólico: aproximadamente duzentas pessoas comparecem ao último concerto do grupo, em 6 de junho em Ribeirão Preto.
*Os Mutantes voltariam a ser notícia em 1992, quando os principais jornais brasileiros divulgaram que o grupo iria retornar em sua formação clássica. O que aconteceu na verdade foi um convite de Almir Chediak para que o grupo se reunisse em uma gravação. Sérgio tocou em alguns discos solo de Rita nas décadas de 1970 e 1980 e se apresentou em alguns concertos dela em 1992. Nesses shows, a platéia gritava o nome de Arnaldo. Ainda naquele ano, Sérgio Dias convenceu Mayrton Bahia, diretor artístico da PolyGram, a lançar O A e o Z, gravado em 1973. A gravadora atendeu o pedido do ex-Mutante. Em 1996, o selo Natasha Records lançou um disco-tributo ao Mutantes, no qual os vários sucessos do grupo foram interpretados por artistas do cenário pop nacional, como Arnaldo Antunes, Kid Abelha, Lulu Santos, Pato Fu e Planet Hemp.
*No ano 1999 a gravadora Universal, dona do catálogo da extinta Polydor, finalmente resolveu lançar Tecnicolor, o álbum gravado pela banda durante sua passagem pela França em 1970. A ilustração e a caligrafia do álbum, na versão editada no ano de 1999, são da autoria de Sean Lennon. Na época, em 1970, a PolyGran inglesa convidou o grupo a morar em Londres e pediu para que eles gravassem um álbum com canções em língua inglesa.

Apenas Arnaldo Baptista sabia desse convite e só contou aos outros integrantes após regressaram ao Brasil.
Em fevereiro de 2005 a revista britânica Mojo incluiu o álbum Os Mutantes em sua lista de "50 Most Out There Albums of All Time" (algo como os "50 Discos Mais Experimentais de Todos os Tempos"). Eles obtiveram a 12ª posição na lista, à frente de nomes como Beatles, Pink Floyd e Frank Zappa.

*Em 2006, os Mutantes foram homenageados na mostra "Tropicália - A Revolution in Brazilian Culture", no Barbican Hall, em Londres, o principal centro cultural da Europa. Alegando compromissos agendados na mesma data do convite, Rita Lee não aceitou o convite. Liminha também declinou. Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Dinho Leme (que não tocava profissionalmente há cerca de 30 anos) aceitaram. Ao grupo original, juntou-se a cantora Zélia Duncan no lugar de Rita Lee e músicos da banda de Sérgio.
Todos os ingressos para o concerto foram vendidos antecipadamente, teve como banda de abertura o grupo pernambucano Nação Zumbi e do músico texano Devendra Banhart, fã incondicional dos Mutantes. A primeira apesentação dos novos Mutantes se realizou com grande êxito no dia 22 de maio em Londres e foi gravada para futuro lançamento em CD e DVD, pela gravadora Sony BMG. Depois do show em Londres, os Mutantes seguiram para temporada nos Estados Unidos.

Eles se apresentaram no Webster Hall, em Nova York, no Hollywood Bowl, em Los Angeles, no The Fillmore, em San Francisco, no Moore Theatre, em Seatle e Cervantes Masterpiece Ballroom, em Denver - além de participarem do Pitchfork Music Festival, em Chicago. Ainda naquele ano, a gravadora Universal remasterizou todos os disco da banda dos anos de 1968 a 1972, fazendo uso das fitas originais.
Em 25 de janeiro de 2007, o grupo faz sua primeira apresentação no Brasil em quase trinta anos. O concerto fez parte dos festejos do 453º aniversário da cidade de São Paulo e levou cinquenta mil pessoas ao Museu do Ipiranga. Em seguida, o grupo realizou uma turnê pelo Brasil. Em setembro daquele ano, Zélia Duncan e Arnaldo Baptista anunciaram a saída dos Mutantes.
Zélia alegou que queria se dedicar mais a sua carreira solo. Arnaldo queria se dedicar aos seus projetos pessoais, que incluem escrever uma autobiografia, lançar um livro de ficção (Rebelde Entre os Rebeldes) e dois álbuns da Patrulha do Espaço, e promover uma exposição com suas pinturas e esculturas.
Sérgio Dias e Dinho Leme mantiveram a banda, que lançou em 25 de abril "Mutantes Depois", a primeira canção inédita dos Mutantes em mais de três décadas. O single pode ser baixado gratuitamente na internet. Curiosamente, a música "Mutantes Depois" está presente na trilha sonora da novela Os Mutantes - Caminhos do
Coração.
(Fonte:Wikipédia-Minha opnião)

Gilberto Gil e Os Mutantes - Domingo no Parque





Os Mutantes - A Minha Menina





Os Mutantes - Panis Et Circenses(1969)





Mutantes - Banho de lua





Mutantes - Ando meio desligado





Os Mutantes - "Balada do Louco" 25.01.07





Balada Do Louco
Os Mutantes
Composição:Arnaldo Baptista / Rita Lee


Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz

domingo, 22 de novembro de 2009

♫ Ângelo Máximo ♪

Ângelo Máximo é um cantor brasileiro, nascido em Goiânia, que tem como seu grande sucesso Domingo Feliz, da década de 1970. Vendeu milhares de discos e participou de uma série de fotonovelas.
Começou como calouro no programa de Sílvio Santos, onde teve seu lugar reconhecido na música.
E assim em diante emplacou uma série de sucessos vendendo centenas de milhares de copias e conquistando discos de ouro.
Músicas de maior sucesso como Domingo Feliz, A Primeira Namorada, Vem Me Fazer Feliz, dentre outras tocaram sem parar nos primeiros lugares da audiência das rádios.
Chegou a gravar versões das músicas de seu idolo absoluto Elvis Presley, o qual também era uma fonte em seu estilo de vestimenta e as famosas custelatas dos anos 70 que Ângelo Máximo usou junto aos seus macacões.
Além de se apresentar por praticamente todo o Brasil, Ângelo Máximo chegou a fazer também shows no exterior, nos Estados Unidos e Canadá.
Continua se apresentando em programas de televisão e fazendo shows pelo país e além de cantor é hoje empresário, proprietário, junto à sua ex-esposa Ana Clara, de dois restaurantes na Vila São Francisco (ao lado do Morumbi Shopping).

II-

Nascido em 1948, o cantor Ângelo Máximo iniciou a carreira cantando em programas de calouros.
Ao longo de mais de três décadas de atividade, lançou discos de sucesso, como "Ângelo Máximo", de 1975, acumulando hits como "Vem me Fazer Feliz" e "Mundo Encantado".
Em 1999, teve a música "Domingo Feliz" relançada no CD "A Discoteca do Chacrinha Volume 2" e um ano depois lançou o CD "Ângelo Máximo Visita o Sertão" no qual interpreta, entre outras,"Tô Diferente", "Ainda Dói Demais" e "Meu Destino
Ângelo Máximo esta em plena atividade, sucessos e mais sucessos para este carismático cantor e eterno galã.
Obrigado por tua visita, entre e participe deste cantinho musical, um abraço e até mais...


Ângelo Máximo - A 1ª namorada




Ângelo Máximo no Ipanema de Santo André



Angelo Máximo no Programa Carlos Imperial - TVS (1979)



Show musical. Versão compacta do DVD - gravado ao vivo -, ERAMOS TODOS JOVENS, Cyro Aguiar e convidados: Agnaldo Timóteo, Ângelo Máximo, Carlos Gonzaga, Claudio Fontana, Dave Maclean, Eduardo Araujo, Elzio Silver, Giane, Luiz Ayrão, Luiz Fabiano e The Jordans.